Liberdade, amor e respeito direcionados pelo Espírito Santo
Margareth viveu tudo isso em seu casamento e compartilha para os casais um pouco da história romântica que tem com seu esposo Wellington
Se por um lado vivemos em uma sociedade cujos valores defendem e garantem a liberdade de informação, religião e conduta, por outro, presenciamos atitudes e situações cuja liberdade está mais para libertinagem. Histórias de egoísmo, violência, desvalorização são “descobertas” – já não há mais como colocar “panos quentes”. A mídia tem feito o seu papel: denunciar, expor a tragédia. Mas, em pleno século cujos direitos humanos emanam da necessidade do indivíduo de viver bem, podemos ver o quanto as pessoas estão intolerantes e agressivas. “A Bíblia fala que onde há a presença do Espírito Santo há a liberdade, porque é uma liberdade monitorada pelo Espírito de Deus que convence do pecado. E o contrário então não é liberdade, é libertinagem. As pessoas precisam voltar para Deus e para os princípios baseados na Palavra”, compartilha a pastora Margareth de Fátima, líder do Ministério Viúvas em Ação.
Margareth tem a autoridade como pastora e mulher para exortar o comportamento da sociedade, e principalmente dos casados. Ela viveu intensos dezessete anos de casamento com o seu “bem”, Wellington – que partiu para a glória em 1992. “Nos conhecemos em um curso que fizemos para trabalharmos de auxiliar de contabilidade. Ele era o rapaz mais inteligente da sala e isso me deixou “vidrada” nele. Passei a observá-lo, ele trabalhava muito como eu, pois nossas famílias eram muito humildes. Ele havia terminado um relacionamento conturbado e eu fui uma amiga que lhe ofereceu o ombro (risos) e assim o nosso namoro nasceu. Em um belo dia fui surpreendida com ele pedindo os meus pais para namorar comigo na sala de minha casa. Namoramos durante um ano e meio e nos casamos”, conta.
No tempo do namoro Margareth testemunhou ter vivido uma grande amizade que aumentou ainda mais no casamento. “Trabalhamos durante oito anos em missões no Vale do Jequitinhonha. Passamos por muitas situações em que pudemos levar a mensagem do amor de Jesus com uma ação social, e isso me fez ficar cada dia mais apaixonada com aquele homem que Deus me presenteou. Meu ‘bem’ era tão intenso em tudo o que ele fazia que ficava maravilhada de ver nossos filhos crescendo e vendo tudo o que ele fazia. Ele me respeitava, me amava intensamente, amava passar as férias ao lado dos filhos. Na praia fazia castelos de areia com as crianças. Quando visitava nossos pais tinha sempre a preocupação de saber se eles estavam precisando de algo, e fazia compras de alimentos para guardarem na dispensa.”
A emoção com a qual Margareth fala de Wellington é regada pelo amor e paixão que ela demonstra ter por seu esposo – sentimentos que não foram levados pelo tempo, mas que, segundo ela, estão vivos na aliança que fizeram quando casaram e contradizendo o voto habitual, nem a morte os separaram. “Aquele amor que gerenciávamos em nossa casa, um pelo outro e nós dois por nossos filhos, a gente conseguia ultrapassar das quatro paredes de onde morávamos e levá-lo para as pessoas ao nosso redor e para as pessoas que ajudamos e pregamos a Palavra.”
Amor, esse sentimento tem sido corrompido com a falsa liberdade pregada pelo sistema. Quem ama não arde em ciúmes, então porque os maridos agridem verbalmente suas esposas e chegam ao ponto de tirarem suas vidas? A Bíblia é clara: “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” (1 João 4.7-8.) Fora e dentro da Igreja existem homens e mulheres que não amam porque não conhecem a Deus. Maridos que não amam a Deus nunca saberão amar suas esposas e filhos, Mulheres que não conhecem a Deus nunca saberão se valorizar e amar a si mesmas. Margareth e Wellington amavam e eram verdadeiramente livres, pois conheciam a Deus e viviam a liberdade conduzidos pelo Espírito Santo.
Wellington foi um grande cavalheiro, um varão que tinha intimidade com Deus e que deixou marcas na vida de muitas pessoas, principalmente na de sua esposa. “E não é que meu esposo não tinha defeitos, ele tinha. Mas, ele amava e colocava em prática tudo o que ele não pode ter para dar para os filhos. Ele andava com Deus, tinha compromisso com a família e aprendeu a se doar intensamente”, conta Margareth, que tem seu imprescindível mérito na trajetória de Wellington, pois sempre buscou ser mulher auxiliadora.
Ela servia seu esposo sempre submissa mesmo com sua personalidade forte. “Lembro-me que meu pai fez um comentário para o Wellington quando ele me pediu em namoro: ‘A ‘Marete’ é uma filha muito especial, quem gostar dela, vai gostar muito, mas, quem não gostar, não vai gostar mesmo. Porque ela fala o que pensa!’ (…) Papai sempre nos ensinou a não decepcioná-lo e quando ele apertava minha bochecha dizendo que eu era a preciosa dele sempre me sentia orgulhosa disso. (…) sempre trabalhei para ajudar meus pais e cuidei de todos os meus irmãos. Assinava os bilhetes dos meus irmãos como se fosse sua mãe. Casada, fazendo a obra do Senhor, o meu amor foi aprimorado e fui aprendendo a amar ainda mais as pessoas. Mais tarde, no Seminário, aprendi que isso é compaixão. E o Wellington me ensinou muito sobre isso.”
O mais interessante na história de Margareth é que ela e seu esposo viveram cada dia do casamento, do relacionamento com os filhos, da vida com Deus e da vida social, como se cada um fosse o último dia de suas vidas. Margareth, aos 55 anos, ainda faz isso, Wellington partiu aos 39 anos, alegre pelas incontáveis bênçãos que o Senhor lhe dera. Quantos anos mais você tem? Já amou o suficiente? Já colocou em prática promessas que fez? Quem você tem mal tratado? Você é solidário? “As pessoas são alvo contínuo do amor de Deus. O Senhor Jesus nunca amou o pecado, mas Ele é apaixonado pelo pecador incondicionalmente. E quando entendemos isso, aprendemos a abençoar aos outros, porque o que recebemos é para ser compartilhado e não para ficar nos enchendo”, compartilha Margareth.
Wellington, no dia anterior à sua morte, disse à Margareth que era o homem mais feliz do mundo, porque havia casado com a mulher que queria, tinha filhos saudáveis e abençoados, os cursos de graduação que pediu a Deus e o emprego. Além disso, ele conhecia a lei de Deus e a dos homens. E finalizou o contentamento dizendo: “o que mais poderia querer nesta vida?”. A história desse casal serve de exemplo, testemunho para todos nós, casais de namorados, noivos, jovens, adultos e velhos. Viver uma história semelhante a essa é possível, “impossível é Deus pecar”, como Wellington costumava falar para Margareth. Examine-se e veja em que área você precisa agir diferente. Ore e peça ao Senhor que transforme a sua vida. Deixe-o torná-lo verdadeiramente livre; conheça-o para amar verdadeiramente; seja grato e viva a vida mais levemente; seja o testemunho vivo da presença de Deus.
“Qual legado você vai deixar quando não estiver mais aqui? Quantas pessoas você conseguiu marcar com o selo do amor? Viva cada dia como se não houvesse o amanhã para não viver uma vida sem objetivos. Não empurre sua vida com a barriga, pare de ferir as pessoas e resolva os seus problemas. Não é impossível viver assim”, conclui Margareth.
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